quarta-feira, 16 de abril de 2014

Censura prévia às biografias impede reencontro do país com sua história

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Depois de ler a biografia “Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo”, uma professora do ensino médio de Salvador decidiu encomendar aos seus alunos um trabalho sobre esse personagem imprescindível da história brasileira, jamais retratado nos livros didáticos. A escola nunca mais fora a mesma. Respaldada por uma eleição democrática, a comunidade escolar decidiu mudar o nome do Colégio Estadual Stiep, que homenageava o ditador Emílio Garrastazu Médici, para o do herói da luta contra a ditadura, Carlos Marighella, provando o quanto o conhecimento da verdade histórica pode ser importante fator de transformação social.
“Isso tudo aconteceu a partir da experiência de um leitor com o livro, o que é fascinante”, observa o jornalista Mário Magalhães, autor da obra vencedora da categoria biografia na II Bienal Brasil do Livro e da Leitura, que acontece em Brasília, esta semana. Entretanto, ele ressaltou que o desfecho poderia ter sido outro se os descendentes de Marighella ou demais personagens que influíram na sua trajetória de vida não autorizassem a publicação da obra: 50 anos após o golpe de 64, a censura prévia às biografias persiste na legislação brasileira. “Se qualquer uma das pessoas retratadas no livro ou seus descendentes quisessem, poderiam proibir a publicação e essa história continuaria a não ser contada”, alertou.
Para ler o texto completo de Najla Passos clique aqui

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