Feminismo e tradução cultural: sobre a colonialidade do gênero e a descolonização do saber
As teorias pós-coloniais vêm exercendo uma influência significativa na reconfiguração da crítica cultural. Provocando um deslocamento de abordagens dicotômicas dos conflitos sócio-políticos a favor de um pensamento do interstício – o qual enfatiza redes de relacionalidades entre forças hegemônicas e subalternas, e a proliferação de temporalidades e histórias – essas teorias constituem hoje um campo transdisciplinar ubíquo e profuso. Nas páginas que se seguem, analiso as relações entre a crítica pós-colonial e as teorias feministas da diferença (latino-americana) a partir do processo de tradução cultural. As teorias feministas latino-americanas, articuladas por sujeitos subalternos/racializados, operam dentro de uma referência epistemológica distinta do modelo que estrutura as relações entre centro e periferia, tradição e modernidade. Produto da transculturação e da diasporização que criam disjunturas entre tempo e espaço, o cronotopo desses feminismos é o interstício e sua prática, a tradução buscando abertura para outras formas de conhecimento e humanidade.
Para ler o texto completo de Cláudia de Lima Costa clique aqui
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