Em defesa do cinema desagradável
Cães errantes ganhou o grande prêmio do júri no Festival de Veneza do ano passado, mas está longe de ser uma unanimidade de crítica e, muito menos, um sucesso de público. Como todo o cinema do malaio (radicado em Taiwan) Tsai Ming Liang, é um filme duro, radical, exigente.
Já nas primeiras imagens – um plano fixo de vários minutos que mostra um menino e uma menina dormindo numa choça, enquanto em primeiro plano uma mulher sentada penteia sem parar os longos cabelos, de modo que mal vemos seu rosto – o diretor mostra seu rude cartão de visitas, como se estabelecesse ali um pacto com o espectador: “Deixai toda esperança, vós que entrais”. Quem quiser diversão ou conforto, que vá procurar em outra sala.
Para ler o texto completo de José Geraldo Couto clique aqui
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