O Relatório da Comissão da Verdade e a batalha das memórias
Dia
10 de dezembro de 2014 é a data na qual pela primeira vez o Estado brasileiro
corrobora um documento, ainda que tímido, com um quadro mais consistente das
várias e graves violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura
militar. Neste dia ocorreu a divulgação do
Relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV). Foi
preciso transcorrer três décadas entre o fim da ditadura e o Relatório para que
as instituições do Estado de Direito fizessem o reconhecimento daqueles eventos
históricos de violência do Estado. Com todas as suas dificuldades de trabalho e
sofrendo de limitações institucionais congênitas e de sabotagem por parte das
Forças Armadas e de outros setores do Estado, a CNV fez parte de um processo de
lutas mais amplo do choque entre memórias antagônicas que se relacionam
diretamente com a política do presente e da democracia.
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