quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

'ESTADO DE MINAS': Campo minado para pensar


Cena 1: terça-feira, 16 de dezembro de 2014, o jornalista mineiro João Paulo Cunha despede-se de seus colegas na redação do jornal Estado de Minas, ao qual dedicou 18 de seus 25 anos de profissão. Todos querem saber o que houve. A história, contada no meio da redação, é curta: a direção do veículo havia proibido João Paulo, editor de Cultura, de falar de política em sua coluna e ele pediu demissão, por entender que não havia outra coisa a fazer diante da censura. Todos se levantam e ele é aplaudido por cinco minutos.
Cena 2: quarta-feira, 17 de dezembro de 2014, muitos jornalistas do Estado de Minaschegam à redação com a mesma roupa: calça jeans e camiseta branca, o “uniforme” de João Paulo, sua marca registrada. No meio da redação, pose para foto – “Somos todos (e todas) João Paulo” – que é publicada no Facebook com imediata repercussão e reação ainda mais rápida: a direção do jornal (ainda se pode chamá-lo assim?) proíbe a publicação de fotos internas da redação.
A proibição é inócua. A foto já havia ganhado mundo, percorreu trecho, reproduzida em outros sites, como o da CartaCapital – “Você me prende vivo, eu escapo morto”. A demissão de João Paulo ganhou repercussão nacional – a nota redigida pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e publicada às 19 horas do dia da demissão registrou mais de 24 mil visualizações nas primeiras 24 horas. A página do Sindicato no Facebook alcançou mais de 40 mil pessoas nos dias 16 e 17 de dezembro, depois que a nota foi publicada. No dia 15, antes da publicação da nota, a página, que registrava uma média de 500 curtidas, passou para mais de três mil.
Para ler o texto completo de Ana Paola Amorim clique aqui

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