terça-feira, 16 de dezembro de 2014

MÍDIA & CIÊNCIA: Sobre ideias, hipóteses e teorias científicas


Em 28/10, o jornal Estado de Minas publicou a matéria “Teoria da Evolução e Big Bang são reais e não contradizem fé cristã, diz Papa Francisco”, de Gabriella Pachedo, segundo a qual eis que finalmente teríamos descoberto que a “teoria da evolução é real”. É uma abordagem problemática, pois deixa no ar uma ideia equivocada a respeito do que seriam as teorias científicas.
Cabe aqui lembrar que um dos comentários equivocados mais comuns a respeito da teoria da evolução por seleção natural, emitido principalmente (mas não exclusivamente) por parte de críticos que estão fora da arena científica, diz mais ou menos o seguinte: “O problema da evolução é que se trata apenas e tão somente de uma teoria.” Há ao menos dois equívocos graves em comentários desse tipo. Em primeiro lugar, uma falta de clareza a respeito do que são teorias científicas e do papel que elas desempenham. Segundo, a crença de que uma teoria científica seria algo desprovido de vínculos com a realidade e, portanto, algo sem importância ou de importância secundária.
Para começo de conversa, é necessário registrar o seguinte: nenhuma teoria científica – e a teoria da evolução por seleção natural talvez seja a mais influente de todas elas – é um amontoado de opiniões disparatadas ou de caraminholas que brotaram repentinamente na cabeça de um gênio inspirado. Uma teoria científica é um conjunto articulado de ideias (conceitos, modelos etc.) cuja elaboração em geral resultou do trabalho duro e persistente de vários estudiosos, ao longo de sucessivas gerações. Os termos e o formato atual de qualquer teoria são, portanto, o resultado de um processo histórico.
Para ler o texto completo de Felipe A. P. L. Costa clique aqui

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