domingo, 28 de dezembro de 2014

Excesso de tecnologia na medicina prolonga sofrimento e desumaniza morte, diz escritora


Em 2001, o pai da jornalista Katy Butler sofreu um derrame, aos 79 anos. Um ano mais tarde, médicos e a família decidiram lhe implantar um marca-passo para manter seu coração funcionando, embora o aparelho não contribuísse com o tratamento de sua crescente demência. Em 2007, a mãe de Butler, exausta pelos cuidados com o marido e angustiada com seu sofrimento, pediu à filha que a ajudasse a desligar o marca-passo. Butler concordou e começou uma pesquisa sobre como a medicina moderna mudou a forma como lidamos com o fim da vida.
Em 2010, ela escreveu sobre a morte de seu pai para a The New York Times Magazine. O artigo acabou se tornando o ponto de partida para seu primeiro livro, "Knocking on Heaven's Door: The Path to a Better Way of Death" ["Batendo na Porta do Céu: o Caminho para uma Forma Melhor de Morrer", em tradução livre]. Além de narrar as experiências de sua família com o lento declínio de seu pai, o livro fala sobre a mãe de Butler, que morreu um ano e meio mais tarde, após se recusar a fazer uma cirurgia cardíaca. "Sua morte foi completamente diferente", diz Butler. "Ela permaneceu lúcida até o fim da vida, e morreu da maneira como escolheu, não uma morte planejada por terceiros".
Butler se tornou defensora do movimento “Slow Medicine” [“Medicina Lenta”, em tradução livre], focado na "tomada de decisões sem pressa, em cuidados paliativos e tratamento em prol do conforto, especialmente no que diz respeito ao fim da vida", de acordo com o grupo no Facebook.
Leia a seguir trechos da entrevista em que Butler comenta questões econômicas, políticas e médicas e as difíceis tarefas emocionais envolvidas na morte de uma pessoa querida. Clique aqui

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