UMBERTO ECO: De Nero (Wolfe) ao 'noir'
É difícil entender o que distingue o gênero 'noir' da ficção policial clássica --ou seja, algo além das alegações da superioridade literária do 'noir', que muitas vezes acaba por não ser superior de forma alguma. Estas alegações apenas ajudam os fãs do 'noir' a se sentirem mais refinados ao lerem no ônibus ou debaixo do guarda-sol.
Eu sempre me sinto um pouco envergonhado quando as pessoas falam comigo de um romance 'noir', especialmente porque se abusa tanto desse termo atualmente nas críticas ou na propaganda. Um 'noir' certamente não é um 'giallo', que literalmente significa amarelo [em italiano]. É assim que os italianos (e apenas os italianos) chamam, ou costumavam chamar, os romances policiais clássicos com personagens lendários como Sherlock Holmes, Hercule Poirot, Nero Wolfe e muitos outros. (O amarelo vem das capas dos livros publicados na Itália pela Mondadori.) O formato desses clássicos é familiar: um crime é cometido, quebrando a paz local; um intelecto superior assume o trabalho de interpretar várias pistas; no final, o autor do crime é desmascarado e a ordem é restaurada.
Eu sempre me sinto um pouco envergonhado quando as pessoas falam comigo de um romance 'noir', especialmente porque se abusa tanto desse termo atualmente nas críticas ou na propaganda. Um 'noir' certamente não é um 'giallo', que literalmente significa amarelo [em italiano]. É assim que os italianos (e apenas os italianos) chamam, ou costumavam chamar, os romances policiais clássicos com personagens lendários como Sherlock Holmes, Hercule Poirot, Nero Wolfe e muitos outros. (O amarelo vem das capas dos livros publicados na Itália pela Mondadori.) O formato desses clássicos é familiar: um crime é cometido, quebrando a paz local; um intelecto superior assume o trabalho de interpretar várias pistas; no final, o autor do crime é desmascarado e a ordem é restaurada.
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