terça-feira, 30 de dezembro de 2014

DISCURSO & IDENTIDADE: Imperialismo, luta de classes e novas tecnologias de comunicação


1. Em Arqueologia do saber (1969), Michel Foucault inscreveu um lugar específico para a metafísica, as unidades discursivas. E o que são elas? São as crenças nossas de cada dia nas identidades dos rostos, tenham a configuração que vierem a ter. Supor que tal autor escreveu tal livro é render-se a duas unidades discursivas ao menos: a de que um autor é fulano de tal, na suposição de que tal fulano seja ele mesmo, ontem, hoje e amanhã; e a de que tal livro tenha um começo e um fim definidos pelo unidimensional autor.
2. A metafísica das unidades discursivas é uma abstração que ignora o óbvio: por mais que pretendamos cultivar nossas singularidades autorais, ninguém e nada é o que é pela evidente razão de que somos antes de tudo seres coletivos. Eis porque as unidades discursivas, ser quem nos supusemos, podem ser analisadas igualmente como uma espécie paradoxal de sequestro de coletividades.
Para ler o texto completo de Luis Eustáquio Soares clique aqui

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