domingo, 21 de dezembro de 2014

Imigrantes: Solidariedade e risco de exploração marcam busca por emprego no Brasil


São dez da manhã de uma quinta-feira de primavera quando trinta empresários e profissionais de recursos humanos se acomodam num auditório da Missão de Paz, entidade ligada à Pastoral do Imigrante situada na Igreja Nossa Senhora da Paz, no centro de São Paulo. Convidados para uma palestra, eles não escondem a curiosidade, quando não o medo. Na entrada da igreja, dezenas de estrangeiros, negros em maioria, parecem prontos para topar qualquer emprego.
"É exatamente o que as empresas vêm buscar aqui", informa a assistente social e palestrante Ana Paula Caffeu. "O Brasil está vivendo um momento de falta de mão de obra pouco qualificada, até porque as pessoas estão estudando mais", explica. No entanto, a prioridade para ela é fazer entender à audiência que, apesar da situação precária, os imigrantes devem ser respeitados e vistos como uma oportunidade para a empresa. "No começo, muitos vinham aqui buscar uma pessoa para tomar conta do sítio deles, por exemplo, pagando um salário mínimo. No entanto, não é esta a proposta. Estas são pessoas bastante educadas, querem atingir objetivos e falam até quatro idiomas", acrescenta Ana Paula Caffeu.
Para sensibilizar os responsáveis de recursos humanos, a assistente social começa apelando à história pessoal de cada um deles. "De onde são seus pais? E seus avós?". Eles começam a contar: uma avó italiana, um avô português, um bisavô nascido na Polônia, uma mãe originária da Bolívia. Todos lembram o sofrimento pelo qual passaram estes parentes: pobreza, preconceito, solidão e até fome.
Para ler o texto completo de Lamia Oualalou clique aqui

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