terça-feira, 2 de dezembro de 2014

"O desejo não confessado do Apocalipse" - Christopher Hitchens


A religião organizada devia ter muito a pesar-lhe na consciência. Aqui vai mais uma queixa a acrescentar à lista de acusação. Com uma parte necessária da sua mente coletiva, a religião aguarda com expectativa a destruição do mundo. Não quero com isto dizer que “aguarda ansiosamente” no sentido puramente escatológico de antecipar o fim. Quero antes dizer que, abertamente ou em segredo, deseja que esse fim aconteça. Talvez semiconscientes de que os seus argumentos sem provas não são totalmente persuasivos e talvez inquieta em relação à acumulação gananciosa de poder e riqueza temporais, a religião nunca cessou de proclamar o Apocalipse e o dia do juízo final. Uma das muitas ligações entre a crença religiosa e a infância sinistra, mimada e egoísta da nossa espécie é o desejo reprimido de ver tudo destruído, arruinado e derrotado. Desde que os primeiros curandeiros e xamãs aprenderam a prever eclipses e a usar o seu conhecimento celestial mal alinhavado para aterrorizar os ignorantes, tem sido um tropo constante.

 

Para ler o texto completo de Christopher Hitchens clique aqui

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