JORNALISMO CIENTÍFICO: O velho com cara de novo
O jornalismo científico apresenta uma peculiaridade desafiadora: a perseguição pelos artigos científicos, publicados em revistas especializadas, principalmente no exterior, que se somam aos press releases institucionais enviados aos jornalistas, elaborados geralmente a partir desses artigos. Hoje, abundantes, os papers, como os cientistas preferem –ou ainda pêipers, aportuguesando –, têm duas faces, como o deus romano Jano, que olhava para o futuro e para o passado ao mesmo tempo. Os paperspodem tanto valorizar o trabalho jornalístico, ao dar consistência e credibilidade a notícias sobre descobertas científicas aparentemente novas, como também o desvalorizar, porque inibem a formulação de pautas criativas e podem levar à dependência e à acomodação. Facilitam a busca e a produção de matérias sobre ciência, mas também atrapalham a concepção de pautas mais elaboradas. Ressaltam o episódico, os resultados recém-publicados, e, inversamente, adiam as reportagens e debates sobre problemas atuais, igualmente importantes. Como esses temas tomam mais tempo e trabalho para serem encontrados, planejados, produzidos e publicados, a possibilidade de seguir o mais fácil atropela o esforço de ser original.
Para ler o
texto completo de Carlos Fioravanti clique aqui
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