Em dois filmes, a cartografia dos afetos
A expressão “cinema dos afetos” se banalizou nos últimos tempos, mas em poucos casos ela é tão apropriada quanto para qualificar a filmografia de Lina Chamie. Seu novo filme, Os amigos, é a prova cabal disso.
Quem conhece os longas-metragens de ficção anteriores da diretora (Tônica dominante, A via láctea) sabe que ela se empenha numa espécie de cartografia afetiva da cidade de São Paulo, por onde se deslocam personagens movidos pela carência e pela potência do afeto.
Em Os amigos a ação se concentra num único dia, balizado por dois acontecimentos importantes na vida do arquiteto Theo (Marco Ricca): o enterro de um velho amigo de infância e o aniversário do filho de uma amiga (Dira Paes). Entre um e outro, Theo se locomove por uma cidade congestionada e caótica, em que todas as estações do ano alternam-se no mesmo dia. Essa jornada é entremeada por flashbacks da infância e cenas de uma adaptação teatral da Odisseia representada por um grupo de crianças.
Para ler o texto completo de José Geraldo Couto clique aqui
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