quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Em dois filmes, a cartografia dos afetos



A expressão “cinema dos afetos” se banalizou nos últimos tempos, mas em poucos casos ela é tão apropriada quanto para qualificar a filmografia de Lina Chamie. Seu novo filme, Os amigos, é a prova cabal disso.
Quem conhece os longas-metragens de ficção anteriores da diretora (Tônica dominanteA via láctea) sabe que ela se empenha numa espécie de cartografia afetiva da cidade de São Paulo, por onde se deslocam personagens movidos pela carência e pela potência do afeto.
Em Os amigos a ação se concentra num único dia, balizado por dois acontecimentos importantes na vida do arquiteto Theo (Marco Ricca): o enterro de um velho amigo de infância e o aniversário do filho de uma amiga (Dira Paes). Entre um e outro, Theo se locomove por uma cidade congestionada e caótica, em que todas as estações do ano alternam-se no mesmo dia. Essa jornada é entremeada por flashbacks da infância e cenas de uma adaptação teatral da Odisseia representada por um grupo de crianças.
Para ler o texto completo de José Geraldo Couto clique aqui

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