sexta-feira, 4 de abril de 2014

Egito: condenação em massa e falta de estratégias

Defensores do presidente deposto Mohamed Mursi protestam contra os militares no governo em Cairo, 26/03/2014
Os recentes acontecimentos no Egito são prova de que as revoluções podem agravar tanto avanços quanto retrocessos – e muitas vezes acabam combinando ambos.
A sentença de morte adotada por uma corte no Egito contra 529 membros e simpatizantes da Irmandade Muçulana no início da semana passada, proferida em apenas duas horas, sem júri e sem a presença da maioria dos acusados, não deixa dúvidas de que a coragem e a esperança dos milhões que tomaram as ruas para lutar por seus direitos em 2011, chocou-se com as rochas duras da realidade. Quando se trata de movimentos de massa e revolução, mesmo que você tenha sua própria estrategia, tenha certeza de que você também é parte da estratégia de alguém.
Na sociedade egípcias, os militares combinaram, no passado, o papel de defensores da dignidade na nação e o de força que une o povo em torno de uma identidade nacional comum, independente da religião ou qualquer outro fator. O afeto pelo exército, e a confiança depositada nele pelas massas, tem origem na Revolta dos Oficiais Livres de 1952, que derrubou a corrupta monarquia e colocou Gamel Abdel Nasser no poder, inspirando, pela primeira vez em tempos modernos a ascensão política dos povos árabes.
Para ler o texto completo de John Wight clique aqui

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