Soldados arrependidos guiam tour por área do conflito Israel-Palestina
Parado em uma rua íngreme da cidade de Hebron, na Cisjordânia, o ex-soldado israelense Illian Fatchi aponta para um agrupamento de casas antigas e sujas, levantadas em uma colina bem à sua frente, e conta, de maneira pausada: “lembro que, uma noite, três pneus em chamas vieram rolando lá de cima em nossa direção. Não sabíamos o que queriam com aquilo, mas nossa resposta foi brutal: atiramos centenas de vezes, incluindo granadas, contra as casas. Até hoje não sei quantas pessoas podem ter morrido com o nosso ataque”.
A história é ouvida por 19 turistas que, após visitarem os monumentos sagrados de Jerusalém, escolheram fazer uma incursão a um dos lugares mais tensos do Oriente Médio. O “passeio” é promovido periodicamente pela “Breaking the Silence”, entidade formada por ex-membros do Exército israelense que, ao fim do serviço militar, resolveram contar ao mundo suas experiências nos territórios ocupados da Cisjordânia. O bairro de onde saíram os pneus e que depois foi bombardeado pelos soldados é um dos setores árabes da cidade de Hebron e, para Illian, aquela noite de 2002 condizia com sua dura rotina de trabalho. O levante palestino conhecido como Segunda Intifada (que teve como estopim o fracasso das negociações de paz de Camp David, em 2000, e uma incursão do líder israelense Ariel Sharon à área da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém) estava em seu auge.
Para ler o texto completo de Marcel Vincenti clique aqui
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