Marshal Berman (1940-2013): o marxismo contra a tristeza
“Nós não podemos gerar ideias que venham a juntar as vidas das pessoas se perdermos contato com essas vidas tais como são. Se não soubermos reconhecer as pessoas, como se apresentam, sentem e experienciam o mundo, nós nunca seremos capazes que as ajudar a conhecerem-se a elas mesmas ou a mudar o mundo. Ler o Capital não nos ajudará se não formos capazes, também, de ler os sinais que nos mostram as ruas.”[1] Marshal Berman foi escritor, pensador e filósofo, passou a sua vida a estudar as cidades que amava, sem nunca deixar de procurar no processo da modernidade que as ergueu o humanismo que tanto caracteriza a sua escrita. Estudou e lecionou em Oxford e Harvard, das quais dizia serem universidades “intelectualmente excitantes, mas socialmente solitárias”, na década de sessenta mudou-se para a City University de Nova York, cidade onde nasceu e mais tarde se tornou um dos principais impulsionadores da revista Dissent. Berman faleceu no último dia onze de setembro, aos 72 anos, foi um dos pensadores marxistas mais importantes da segunda metade do século XX e, com toda a certeza, o mais doce e o mais afetuoso. A sua obra é um perigo, do qual dificilmente nos libertamos se por um acaso tropeçarmos na armadilha de uma primeira frase.
Para ler o texto completo de Adriano Campos clique aqui
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