quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O Mato de Guilhermina de Azeredo: ambivalência colonial no feminino

Guilhermina de Azeredo (1894-1976), uma das mais prolíficas escritoras coloniais portuguesas durante o Estado Novo (1933-1974), iniciou o seu percurso literário na década de trinta. Publicou vários romances, contos e crónicas, que a discussão literária tem descurado. Pretendemos examinar o papel da mulher portuguesa na construção do Império Colonial Português através da análise da sua última obra, o romance O Mato (1972). Tendo em conta a centralidade e importância de uma das personagens femininas de O Mato - personagem esta que revela ambivalência em relação ao espaço colonial em que se move – é interessante abordar tópicos como o papel da mulher no espaço colonial e a relação entre mulheres brancas e africanos, bem como a alteração do papel tradicional da mulher no contexto colonial. Mais especificamente, o contexto colonial que nos interessa, o mato, pode ser considerado o espaço marginal do Império. Em última instância, queremos ampliar as perspectivas de se olhar o colonialismo português como um colonialismo predominantemente masculino e perceber a forma como a mulher foi instrumento fundamental na construção do projecto colonial.
Neste espaço, retrocedemos no tempo para verificar uma duplicidade no papel feminino em África e o modo como a aparente liberdade e poder femininos na colónia angolana se encontram subjugados pelo masculino. Em O Mato, analisamos como a mulher tem uma função colonizadora central ao ser colocada numa situação que a torna protectora das convenções sociais, do lar e da família, estabelecendo uma barreira racial entre colonizadores e colonizados.
Para ler o texto completo de Sandra Sousa clique aqui


0 comentários:

  © Blogger template 'Solitude' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP