"Éden": Um painel árido do fervor religioso
Bruno Sáfadi estruturou “Éden” a partir de contrastes. O filme, que ganhou o
prêmio de melhor longa-metragem ibero-americano no Festival Internacional de
Cinema do Uruguai e foi exibido recentemente no Festival de Gramado, tem como
tema a religião e via crucis de uma mulher atormentada. Para começar, a
protagonista Karine vive longe do paraíso anunciado no título. Grávida, perdeu o
marido em meio à violência na Baixada Fluminense. É levada para o ambiente
opressivo de uma igreja evangélica, onde passa a conviver com o inflamado e
ambíguo pastor Naldo. Lá, se vê diante da mulher, Vânia, também grávida, do
homem que matou seu marido. Há outros elementos no filme que apontam para um
jogo de oposições. “Karine é dona de uma loja de piscinas e está grávida. Há,
portanto, elementos líquidos numa história ambientada num lugar árido,
desértico”, diz Sáfadi, referindo-se a São João de Meriti, região que abriga o
bairro de Jardim Éden.
Para ler o texto completo de Daniel Schenker clique aqui
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