"Quando achei que era tempo de sossego..." - Lya Luft
Quando achei
que era tempo de sossego,
jorraste
nas minhas veias
como
um vento sagrado, um mar perdido.
Quando
esperei que tudo tivesse sido
vivido,
sofrido e chorado,
amadureceu
esta fruta em meu deserto.
Quando
pensei chegar no fim
de
todos os corredores,
esta
porta se abriu:
sei
que estás ali a desenhar paisagens novas,
plantar
árvores e deitar rios
onde
eu imaginava haver sabedoria
e um
corpo apaziguado,
nada
mais.
Lia Luft in
Secreta mirada e outros poemas
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