Reflexões sobre o tempo presente
Perfurar as masculinidades para que possa entrar oxigênio. Não para criar modelos de homens ideais, mas para ampliar o que é ser um homem e mudar significados e hierarquias sociais. Em "Perforar las masculinidades" (Bellaterra), Alfredo Ramos (Madrid, 1978) reflete sobre um tema recorrente nos últimos tempos, mas com a carência de novas abordagens. Doutor em ciências políticas, Ramos tem participado de diversas experiências de economia social e por vários anos trabalhou no grupo do Podemos, na Comunidade de Madrid, experiência da qual provém um dos capítulos mais afiados do livro. O texto aposta em ressignificar a vulnerabilidade e o fracasso, dois pilares da masculinidade: “A vulnerabilidade esconde uma trama relacional, algo muito contrário a esse ideal do sujeito masculino autônomo. Colho muito da ideia de Gilson de que nos apaixonamos porque somos vulneráveis. Uma das coisas que temos de pensar nas políticas públicas e nos espaços de dissidência é como afetamos e como nos deixamos afetar”. Para ler a entrevista com Alfredo Ramos clique aqui
Esta entrevista também poderia ter os seguintes títulos:
- O capitalismo é uma lógica e uma antropologia que se declaram em rebelião contra os limites
- As ideias de novo e de vazio estiveram presentes em todas as dinâmicas colonizadoras
- O decrescimento é o resultado inevitável de um processo que destruiu, a uma velocidade impressionante e de uma forma muito injusta, os recursos
- O capitalismo solucionou os momentos de crise por meio da guerra
- O direito à vulnerabilidade torna-se o equivalente ao direito à vida
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