Navegando pelo cinema
Elegia do futuro
Apresentado na competição do Festival de Cannes de 2023, "La Chimera", da diretora italiana Alice Rohrwacher, saiu consagrado ao receber nada menos que quinze minutos de aplausos ao fim de sua exibição. Quinze minutos!, nada mal para um filme que pode ser tudo menos um entretenimento leve e otimista. É, isto sim, o avesso disso. É uma fábula pessimista sobre a derrocada, sobre o aniquilamento moral, social e econômico do capitalismo. Esta é também a visão, entre o melancólico e o lírico, de Rohrwacher nos seus dois longas-metragens anteriores, "As Maravilhas" (2014), "Lázaro Feliz" (2018) e ainda no magnífico curta-metragem "Omelia Contadina" ("Omelia Camponesa/2019"), realizado em parceria com o artista francês JR, o mesmo que colaborou com Agnès Varda em "Visages, Villages". Em "Omelia", Rohrwacher apresenta um grupo de camponeses do norte da Itália declamando – numa “cantata seca” – textos proféticos de Pier Paolo Pasolini e Rachel Carson, retirados do clássico da literatura "Primavera Silenciosa". Para ler o texto de Sérgio Moriconi clique aqui
Clarice Lispector no cinema
Para ler o comentário de Luciana Molina sobre três adaptações cinematográficas da obra de Clarice Lispector clique aqui
Há onze anos, no texto sobre “Depois da Chuva”, longa metragem de estreia dos cineastas Cláudio Marques e Marília Hughes, este escriba pontuou o seguinte sobre a cidade de Salvador, cenário da história oitentista de descobertas e decepções adolescentes em um Brasil desesperançoso que tentava escapar do sufocamento ditatorial. Para ler o texto de João Paulo Barreto clique aqui
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