quinta-feira, 11 de julho de 2024

Navegando pelo cinema





Na Toca de Platão



Catarina Mourão, realizadora e documentarista cada vez mais citada após a aclamação de “A Toca do Lobo”, que - assumindo o tom de investigação, procurou o rasto memorialista do seu avô (Tomás de Figueiredo) - chega-nos, na presença de dois filmes estreados em modo pack promocional, como uma exímia artesã do espaço memória, esse a que o cinema português, nomeadamente na sua área documental, tem conquistado ou até mesmo colonizado através de ensaios e formatos inteiramente maleáveis, e outros nem tanto. O módulo tem encontrado sucesso entre o público resistente deste cinema tão nosso, a “culpa”, que não nasce nem morre solteira, teve como parte do cartório no passo, em jeito de um salto trazido, por Catarina Vasconcelos no seu “A Metamorfose dos Pássaros”, a busca da sua história enraizada num constante e inacabado exercício visual e artístico. Para ler o texto de Hugo Gomes clique aqui

 





 MaXXXine” conclui a trilogia de Ti West aos trancos e barrancos – e com muito sangue



Entre as muitas regras não escritas do cinema contemporâneo, talvez uma das mais controversas seja a de que “o terceiro filme é sempre o pior”. Claro, a história da sétima arte é repleta de exemplos que poderiam, sim, comprovar esta teoria como verdadeira – que atire a primeira pedra quem não pensou na saga “O Poderoso Chefão”, ou na trilogia original de “Star Wars”. No entanto, ambos são casos onde a definição de “pior” é mais relativa do que pode parecer: ainda que a parte três da fábula mafiosa de Francis Ford Coppola esteja bem aquém dos dois magistrais longas anteriores, dizer que “O Retorno de Jedi” é um filme ruim talvez seja forçar a barra… a não ser quando comparado com os dois longas que o antecederam, produções revolucionárias e antológicas que atravessam gerações. Ao fim, nenhuma sombra se prova mais difícil de escapar do que a do próprio legado. Para ler o texto de Davi Caro clique aqui








"Crônicas do Irã"



"Crônicas do Irã" é o título simplório para o filme realizado em 2023 por Ali Asgari e Alireza Khatami: o título original, tirado de um poema de Forough Farrokhzad, seria “Versos Terrestres”. Farrokhzad, escritora e também cineasta, nasceu em 1935 e morreu em 1967, vítima de acidente de carroSua escrita interpretou a experiência cotidiana sem intenção de guiar, educar, liderar…é um retrato acurado de dor e prazer de toda uma geração experimentando mudança radicais, como diz uma de suas leitoras, Farzaneh Milani. Para ler o texto de João Lanari Bo clique aqui


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