Navegando pelo cinema
“Depois da Chuva”, de Cláudio Marques e Marília Hughes
“Depois da Chuva” (2013), longa de estreia dos cineastas Cláudio Marques e Marília Hughes, é um filme que não busca se exceder em sua mensagem. São enxutos 90 minutos de uma história onde a tragicidade e a desesperança refletem o tom de uma época na qual estes dois elementos tomaram lugar de qualquer bom sentimento de fé que seus personagens pudessem ter em suas vidas. É um filme que não busca dar ao espectador uma redenção antes dos créditos finais subirem. Ao final, torna-se um trabalho questionador que oferece ao seu público a oportunidade de refletir sobre o Brasil de modo seco, sem discursos hipócritas ou falsa retórica. É um trabalho cujo teor político apresenta perguntas simples que, se respondidas de modo satisfatório na época em se passa sua história, talvez esses 30 anos que a separam do momento em que a revisitamos tivessem feito alguma diferença significativa para o país. Para ler o texto de João Paulo Barreto clique aqui
Nazismo de ontem, perigo de hoje
Mais que oportuna é a estreia da série "Hitler e o Nazismo: Começo, Meio e Fim", de Joe Berlinger, em seis episódios de uma hora cada um, bem produzidos e envolventes, lançada este mês no streaming. Mesmo não se constituindo arte cinematográfica, é uma série do modelo audiovisual que deve ser considerada neste momento, apesar do tema histórico visitado e revisitado milhares de vezes. Não só pela qualidade da sua montagem e produção, mas por ser tão atual nesse tenso momento em que se vive internamente e no mundo, e pela linguagem visual, formal, atraente e pedagógica. É uma série a ser vista pelos mais idosos, para alguns que se esqueceram do que foi vivido e do quanto custou ao mundo, nos anos 30/40, a guerra genocida nazista. Uma série que deve ser conhecida também pelas novas gerações, estudantes e jovens em geral. Para ler o texto de Léa Maria Aarão Reis clique aqui
O sol na cabeça de Lô
O documentário "Nada Será como Antes", sobre o Clube da Esquina, se complementa gostosamente com esse perfil de um dos antigos garotos de Belo Horizonte. Lô Borges trouxe ao Clube um toque de rock e um punhado de canções inesquecíveis letradas pelo irmão Marcio Borges. Depois do auge na década de 1970, ficou um pouco na sombra para a maior parte do público. No entanto, nunca parou de compor e gravar. Com seu jeito brincalhão e bonachão, ele diz que não se importa muito com a repercussão no presente. Confia, talvez, na posteridade. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui
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