domingo, 2 de março de 2014

De José Pacheco a Florestan Fernandes: a absurda militarização de uma escola

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Criador da Escola da Ponte escreve a seu mestre e relata triste caso em Goiás. Mas frisa: “jamais deixarei de ser educador e ser humano rebelde”

Eu sei, meu amigo, que pode parecer inverossímil aquilo que te irei contar, mas crê ser a mais pura verdade.
Um governador de estado inaugurou uma escola construída no Padrão Século XXI, que custou quase três milhões (sic). Pouco tempo após a pompa e circunstância da inauguração, um jovem aluno foi morto a tiro dentro dessa (dita) escola modelo. A diretora disse que o rapaz tinha comportamento normal e boas notas. O porteiro prestou depoimento: “a Polícia Militar vem, ajuda, mas quando eles saem os marginais voltam”. Acrescentou que o colégio tinha encomendado uma barreira de proteção em volta do prédio onde os alunos estudam. Que um serralheiro colocaria as placas em volta da escola, “mas, antes de ficar pronto, infelizmente aconteceu essa tragédia”, disse. E tranquilizou os intranquilos, dizendo: “a Polícia Militar ficará na porta da escola entre os próximos 15 e 30 dias, até que o projeto de segurança seja implantado”.
Um superintendente da secretaria de educação averiguou as condições da infraestrutura de segurança e, peremptoriamente, afirmou: “um circuito de câmeras de monitoramento será instalado ao redor de toda a escola”. E a Polícia Militar, por sua vez, informou que fará rondas. Porém, apesar das garantias dadas por quem pode dá-las, poucos alunos apareceram na instituição na manhã seguinte. E uma mãe decidiu mesmo tirar o filho daquela escola, porque se cansou de ouvir os relatos do menino, que afirmou ter testemunhado o uso de drogas no local.
Para ler o texto completo de José Pacheco clique aqui

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