domingo, 23 de março de 2014

Alto nível educacional e econômico não impede mulheres de apanhar caladas

Edemir de Mattos, 52 anos, era professor de inglês e faixa preta de judô. Célia Regina Pesquero, 49 anos, é professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, onde se formou em Química, fez mestrado e doutorado. Depois de mais uma briga, na noite da última segunda-feira (17), Célia teve o maxilar fraturado pelo marido, que logo depois se jogou do 13º andar do prédio onde moravam, em Osasco, com filho do casal, Ivan, de 6 anos, no colo. À polícia, Celia confirmou que o marido era agressivo e disse que “sempre apanhava”.
O caso, que chocou a opinião pública esta semana, expõe outro drama que nem sempre ganha os holofotes: a violência doméstica contra mulheres com alta escolaridade e nível socioeconômico que, no imaginário social, estariam fora do “grupo de risco” das agredidas, formado por mulheres que dependem financeiramente dos maridos e não teriam para onde ir após uma agressão.

Lidia Aratangy, terapeuta familiar com mais de 20 livros publicados sobre casamento (entre eles “O Anel que Tu Me Deste: O Casamento no Divã”), alerta que as relações amorosas fazem desabrochar o melhor e o pior das pessoas, e suportar agressões faz parte de uma “loucura” que se instaura no casal. Independente de escolaridade ou saldo bancário. 

— O que elas são é afetivamente menos favorecidas. A mulher que não se separa e continua vivendo com o agressor se sustenta na esperança de que tudo vai mudar. Quando acaba aquele momento de pavor, ela se apega nas outras coisas boas que a relação possui.  
Para ler o texto completo de Deborah Bresser clique aqui

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