sábado, 29 de março de 2014

'A luta armada se esqueceu de fazer consulta ao povo', afirma historiador Daniel Aarão Reis

O historiador e ex-guerrilheiro Daniel Aarão Reis Filho em seu apartamento em Laranjeiras, no Rio

Daniel Aarão Reis participou no processo pós-independência de Moçambique. Contratado em janeiro de 1976, exerceu o cargo de professor de história contemporânea no Departamento de História, Faculdade de Letras, da Universidade Eduardo Mondlane, tendo sido chefe do Departamento de História entre 1977 e 1978. A foto abaixo foi tirada em Moçambique com outros exilados brasileiros.

Para não esquecer 1968 - Exilados, Daniel Aarão Reis, Reinaldo Melo, Juarez, Sonia Ramos e Paulo Spiller

foto daniel de andrade simões

Exilado, passou por Cuba, Chile (de Salvador Allende), México, Panamá, França, Argélia e Moçambique. Com a Lei de Anistia, retornou ao Brasil. Um dos historiadores brasileiros mais lúcidos. Possui diversos livros e artigos publicados sobre a história da esquerda no Brasil bem como sobre a história da experiência socialista no século XX. Nos anos 60 participou da luta armada contra a ditadura militar, tendo integrado a direção do grupo que decidiu a captura do embaixador estadunidense Charles Burke Elbrick em troca da libertação de 15 presos políticos. Entre outros, publicou: A revolução faltou ao encontro (1991), De Volta À Estação Finlândia (1993), A Aventura Socialista no Século XX (Editora Atual, 1999), História do século XX (Civilização Brasileira, 2000), Ditadura Militar, Esquerdas e Sociedade (Jorge Zahar Editor, 2000), As revoluções russas e o socialismo soviético (EDUNESP, 2003), Imagens da Revolução (Expressão Popular, 2006), Uma revolução perdida (Perseu Abramo, 2007, 2ª edição), Modernidades Alternativas (FGV, 2008).
Falar em ditadura militar esconde a participação de civis no golpe e no regime instalado em 1964, afirma o historiador Daniel Aarão Reis. Aos 24 anos, ele integrava o comando da Dissidência Universitária da Guanabara, que idealizou o sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick para libertar presos políticos. Aos 68 anos, considera que a luta armada fracassou por falta de apoio popular. O professor da UFF (Universidade Federal Fluminense) acaba de lançar "Ditadura e Democracia no Brasil" (Zahar).
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