sábado, 15 de março de 2014

'A Caça' e a irracionalidade do coletivo enfurecido

Divulgação
(É deste jeito que o mundo acaba / É deste jeito que o mundo acaba / É deste jeito que o mundo acaba / Não com uma explosão, mas um gemido.) (T.S Eliot)   
 
Poucos filmes ilustram tão bem os dizeres de T.S Eliot como “A Caça”, do dinamarquês Thomas Vinterberg. Lucas (Mads Mikkelsen) é um assistente no jardim da infância injustamente acusado de pedofilia por uma menina com sérios problemas edípicos, Klara, que, deparada com a impossibilidade de amar Lucas, decide (ainda que inconscientemente) destruí-lo. Trata-se de uma menina introspectiva e solitária, negligenciada pelos pais e pelo irmão adolescente. Para escapar às discussões e problemas da família, ela recorre a Lucas como um apoio emocional, um pai postiço e presente como nunca tivera. 
O filme é o próprio retrato da catástrofe que se abate sobre a vida do protagonista. De uma pequena fagulha, a história fictícia contada pela menina à diretora, sucedem-se episódios cada vez mais desesperadores, que chocam o espectador por seu caráter absurdo e ao mesmo tempo extremamente verossímil. Aquele pequeno vilarejo na Dinamarca, mantendo sua singularidade, faz apelo a um universal que ultrapassa o limite das fronteiras: poderíamos imaginar a mesma situação desenrolando-se em qualquer grande metrópole.
Para ler o texto completo de Gabriel Bichir clique aqui

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