Outra visão sobre Ninfomaníaca
Joe, a personagem principal de Ninfomaníaca, não é louca ou alienada, mas seu comportamento
ou modo de vida é patologizado pela psiquiatria. Sua doença? O sexo compulsivo.
Numa época em que a norma ou o normal significam nada menos que a produção e
multiplicação das patologizações, das classificações intermináveis dos modos de
vida como doenças possíveis, Joe é a resistência da vida que não se deixa
capturar pelo discurso médico-psiquiátrico, isto é, em certo sentido, o
discurso moral. De maneira que seus modos de subjetivação (isto é, como Joe se
constitui como sujeito moral, racional, sexual etc no interior da sociedade)
questionam o padrão, a norma, a pretensa igualdade entre os seres: a concretude
da existência contra a abstração metafísica, tal é a luta que está em jogo em Ninfomaníaca.
Para ler o texto completo de Bruno Lorenzatto clique aqui
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