Mulheres: virtuosas ou perigosas?
Era fácil escolher entre ser virtuosa ou perigosa para cada uma das 7 mil mulheres do povo que marcharam 14 quilômetros de Paris a Versailles para protestar pela falta de pão e dos seus direitos.
Perigosas, elas puxavam os canhões, empunhavam armas e tricotavam nos tribunais como pretexto para ouvir os testemunhos e denunciar fingidores ou traidores. Prenderam o rei Luis 16 e o obrigaram a governar de Paris e não do Palácio de Versailles onde sua mulher Maria Antonieta vivia de futilidades caríssimas, alheia à falta de alimentos no país. Essas mulheres, a maioria analfabeta – peixeiras, costureiras, lavadeiras, feirantes – fizeram história e inspiraram as gerações que hoje desfrutam igualdade e liberdade.
Elas são o foco do livro de Tânia Machado Morin, Virtuosas e Perigosas – As Mulheres na Revolução Francesa(Alameda), que acaba de ser lançado em São Paulo e dia 9 de abril terá noite de autógrafos no Rio, na Livraria Argumento. O objetivo foi tirar da obscuridade as francesas pioneiras da luta pelo divórcio e pela igualdade de direitos na Constituição. E para provar que o mundo era muito mais masculino antes de 1789. Os homens ficaram tão ameaçados diante da força feminina que extinguiram os 60 clubes políticos femininos quatro anos depois da Revolução, em 1793, e em 1795 proibiram reuniões de mais de cinco mulheres em qualquer lugar do país.
Para ler o texto completo de Norma Couri clique aqui
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