A sociedade da hipercomunicação
É verdade que o processo de globalização do livre mercado e do sistema democrático são as evidências mais significativas na transição do século 20 para o século 21. A tese de Francis Fukuyama [o escritor norte-americano Francis Kukuyama escreveu em 1992 O Fim da História e o Último Homem (Gradiva, 1999) em que apresentava a ideia de que a humanidade teria chegado ao “fim da história” pelo fato de que o modelo da “democracia liberal” teria se tornado o modelo hegemônico e definitivo] parece que estava certa. Além de dominar o mundo ocidental, a democracia conquistou uma significativa fatia do mundo árabe e, apesar dos tropeços provocados pelo estouro da bolha imobiliária e da bolha financeira, em 2008, nos EUA e na Europa, não podemos negar que o sistema capitalista ampliou seus poderes ao se transformar no regime de governo praticamente universal, catequisando, a partir de meados do século 20, a quase totalidade dos estados-nações do mundo, incluindo o continente asiático e africano.
Mesmo que os monetaristas prescrevam uma maior austeridade dos governos e os desenvolvimentistas acreditem que a melhor receita ainda seja o investimento social, a tônica dos sistemas de governo continua sendo a preservação dos princípios do livre mercado e da democracia, como valores imperativos, numa manifestação categórica de que, apesar dos dissabores, o regime liberal ainda encontra espaço para continuar se expandindo, tanto em seu espectro como em seu poder. Há, naturalmente, sinais de que o laissez faire e olaissez passer são consideradas forças mais valiosas do que os valores da democracia, num verdadeiro culto à economia, já que tanto as lideranças políticas como os managers econômicos parecem prezar muito mais o sentido da liberdade do que o valor político da igualdade.
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