Multiplicando Fernanda Young
Eu tenho que partir de uma ótica muito pessoal para falar desse filme. Eu não curtia Fernanda Young (1970-2019) até a noite da última terça-feira, quando assisti a "Fernanda Young – Foge-me ao Controle" na abertura da Mostra Faróis do Cinema. Ela me parecia egocêntrica, exibicionista, espaçosa – um pouco com a cara da televisão, que usa todos os artifícios para ser vista, bem no meio da sala, bem no meio da vida. Não que ela tenha deixado de me parecer aquilo mesmo, mas agora com várias outras camadas a enriquecer seu perfil. Resultado: saí do cinema apreciando Fernanda. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui
“Fernanda Young – Foge-me ao Controle”, de Susanna Lira, nos leva em viagem intensa pela mente da escritora
Escritora, roteirista e apresentadora, entre outras coisas, Fernanda Young foi um nome fundamental na cultura pop brasileira da virada do século. Quem viveu os anos 2000 no Brasil de alguma forma foi impactado por seus textos, seus pensamentos e sua forma de ver o mundo, seja em suas séries na Globo, como o sucesso “Os Normais” (2001/2003), em sua presença no GNT, em programas como “Saia Justa” (2002/2004) e “Irritando Fernanda Young” (2006/2010) ou em seus livros de prosa e poesia. Fernanda delimitou uma forma de pensar e olhar para o mundo entre o humor e a dramaticidade em uma potência que poucos autores tatearam nos últimos 30 anos. Então fica a pergunta: como contar e resumir sua história e impacto em um filme documental de menos de 90 minutos? Já adiantamos: você não encontrará essa resposta em “Fernanda Young – Foge-me ao Controle” (2024), documentário de Susanna Lira, pois a diretora não busca em nenhum momento resumir ou linearizar a história de Fernanda Maria Young de Carvalho Machado, pelo contrário, ela busca expandir o seu universo imaginário, nos possibilitando tatear toda a complexidade, diversidade e intensidade desta artista que nos deixou tão cedo. Para ler o texto de Renan Guerra clique aqui
Bruxas da noite
A guerra da Ucrânia deflagrada por Vladimir Putin tem incontáveis sequelas no plano humano — são tragédias e tragédias que circulam no ciclo efêmero das notícias sensacionalistas, de rápido consumo, configurando uma (quase) rotina para o espectador perplexo. No plano cultural outro incontrolável fenômeno veio à luz — o cancelamento de qualquer produto russo dos circuitos de consumo, salvo as raríssimas exceções de praxe. Uma delas aconteceu em 23 de agosto, no Cine Brasília, na capital do país: a exibição, em sessão promovida pela embaixada russa, do excepcional Ar (2023), de Aleksei German Jr. "Ar" é um filme de guerra, da “guerra patriótica”, como os russos referem-se à Segunda Guerra Mundial. Estamos em 1942, em um campo de aviação perto de Leningrado (hoje São Petersburgo). Pilotos de caça enfrentando rivais alemães superiores, aviões russos lentos e precários, até seus rádios são piores do que os dos alemães. Para ler o texto de João Lanari Bo clique aqui
Werner Herzog e a poética dos extremos
Livro de memórias do cineasta alemão revela as fronteiras permeáveis entre sua vida e obra. São histórias saborosas (e assustadoras) de bastidores, além de seu gosto pelas situações-limite: a selva delirante, o frio arrebatador, os loucos, os solitários irredutíveis… Para ler o texto de José Geraldo Couto clique aqui
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