"Aumenta que é Rock'n'Roll", filme sobre a "Maldita" Rádio Fluminense é divertido, romântico e musicalmente inveterado
“Aumenta que é Rock’n’Roll” (Tomás Portella, 2024) chega para somar no groove das cinebiografias musicais brasileiras. Seu diferencial, no entanto, é que não acompanhamos a trajetória de uma grande banda ou estrela, mas a de um comunicador ou, o que define ainda melhor o filme, a de uma emissora de rádio. A “Maldita” é o apelido carinhoso da nova Rádio Fluminense, que começou a operar no dial FM, na 94.9 MHz, em março do badalado ano de 1982, exatamente no momento em que a música brasileira dava uma guinada em direção às guitarras – fossem elas mais soturnas, ácidas ou new wave. Luiz Antonio Mello (Johnny Massaro), jornalista convidado a assumir a direção da rádio ao lado do amigo Samuca (George Sauma), estava no olho desse furacão, e se juntou à uma penca de apaixonados por música para revolucionar a maneira como se ouvia rock no Brasil, gênero até então subaproveitado nas rádios de massa, que ora reverenciavam os clássicos da MPB, ora se limitavam aos chavões internacionais de sempre. Para ler o texto de Leandro Luz clique aqui
O fácil engate de Lisboa
Sobre “Amo-te Imenso” há pouco para dizer e ao mesmo tempo muito para falar; como nos vemos, como os outros nos veem e como desejamos ser vistos. Três formas de exposição que num género, que tão formado nos soa moribundo parece indicar, mas nada de relevante na qualidade do filme do brasileiro Hermano Moreira [primeira longa-metragem], nesse aspecto, escassamente ou nada o faz relevar das atitudes de “Lisboa para gringos”, tudo perfeitinho, tudo esplendoroso e “tapas” como tradição. Para ler o texto de Hugo Gomes clique aqui
Ondas de simpatia a partir de Caymmi
Quatro documentários de longa metragem sobre Dorival Caymmi surgiram nos últimos 20 anos, sendo três de 2018 para cá. Cabe perguntar se há lugar para tanto. A resposta vai depender do que cada um privilegia. "Um Certo Dorival Caymmi" (Aluisio Didier, 2002) contou sua trajetória biográfica e musical. "Dorivando Saravá – O Preto que Virou Mar" (Henrique Dantas, 2020) abordou a espiritualidade e a negritude do compositor, além da sua relação atávica com o mar. Não vi "Dê Lembranças a Todos – Dorival Caymmi" (Fabio Di Fiore, Thiago Di Fiore). Já "Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos" (Daniela Broitman, 2019) sai em busca das histórias de família e amizades, bem como da gênese de algumas composições clássicas. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui
0 comentários:
Postar um comentário