Navegando pelo cinema
Em 1984, Rolland Joffé, cineasta britânico que dirigiu obras como “A Letra Escarlate” (1995) e “A Missão” (1986), lançou um dos marcos de sua filmografia, o drama de guerra “Os Gritos do Silêncio”. O filme, estrelado de modo impressionante por Sam Waterson e pelo saudoso Haing S. Ngor, aborda, através o olhar de um jornalista estadunidense e de um fotojornalista nascido no Camboja, os horrores da guerra civil no país, quando a limpeza étnica proposta pelo ditador Pol Pot foi colocada em prática. Na presença dos dois profissionais da imprensa, o espectador passa a perceber de maneira dolorosamente realista como se dá o trabalho de correspondentes de guerra a trazer informação e verdade ao que acontece em países cujas populações são massacradas por tiranos. Durante a sessão do quase descartável “Guerra Civil” (“Civil War”, 2024), a lembrança do clássico de Joffé foi constante em um âmbito que ia além do comparativo. É preciso reconhecer que são propostas diferentes de dramas de guerra, mas, em suas essências, relacionadas à profissão de jornalista e sua importância em tempos bélicos, e como tais períodos transformam seres humanos, os dois podem ser analisados nesse contexto. Para ler o texto de João Paulo Barreto clique aqui
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