Um novo Estado, meta do neoliberalismo
Por que o neoliberalismo
surge mais forte do que nunca após sete anos de crise? Boa pergunta. E não
existe hoje uma resposta satisfatória por uma razão fundamental. É que a
crítica ao neoliberalismo assenta num postulado equívoco: a ideia de que o
capital procura reduzir o âmbito da influência do Estado, tirá-lo do caminho e
até eliminá-lo. Muitos encontram a prova desta ideia na onda de privatizações e
na eliminação de controlos de regulação para todo o tipo de atividades.
Esse
postulado provém da ideia de que o mercado e o Estado são antitéticos. Mas
desde há muito a história e a antropologia revelaram que as economias de
mercado nasceram através de uma forte intervenção do Estado e das suas
agências. Só a mitologia dos economistas continua a afirmar que no início houve
a troca e depois, espontaneamente, nasceu o mercado.
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