terça-feira, 28 de abril de 2015

Memórias do racismo na ‘Folha’ e na ‘Veja’


A tragédia dos refugiados africanos que morrem afogados na tentativa de desembarcar clandestinamente na Europa, tantas vezes repetida, expõe em cada ocasião a mal-disfarçada indiferença da mídia brasileira e “ocidental” perante as vidas de pessoas negras e pobres, em comparação com as dos brancos, dos ricos, dos europeus. Ou alguém acha que se os náufragos fossem franceses ou espanhóis o tratamento jornalístico seria o mesmo?
Os recentes episódios me trazem à lembrança o início da minha carreira como jornalista, na editoria de Exterior da Folha de S.Paulo, na década de 1980. Certo dia, perguntei ao meu chefe, Caio Blinder, por que um acidente de trem nos Estados Unidos, com cinco mortos, merecia mais destaque nas nossas páginas do que uma enchente em Bangladesh, com dezenas de milhares de mortos.
A resposta poderia ser incluída no Manual de Redação do jornal, de tão didática. Em tom de brincadeira, Blinder me explicou que vigorava na Folha a seguinte regra: 1 americano morto = 10 mil indianos mortos.
Para ler o texto completo de Igor Fuser clique aqui

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