Cinema de invenção
Há um momento no cinema nacional, entre 1968 e 1970, de produções marginais, de invenção, também chamado údigrudi. Os cineastas que seguiram o caminho marginal realizaram obras anárquicas, disruptivas, debochadas, sarcásticas, provocadoras num período, como se sabe, de mais forte repressão nos anos da ditadura militar. Nesses anos, para muitos, o cineasta mais criativo e irreverente foi Rogério Sganzerla. Seu “O Bandido da Luz Vermelha” (1968) é marco da filmografia údigrudi, uma das obras mais importantes do cinema brasileiro.
Os filmes “marginais”, por razões óbvias de censura, praticamente não circularam. Assim, Sganzerla e outros foram vistos em círculos restritos, por aficionados e, principalmente, admiradores de propostas alternativas de linguagem e estética cinematográfica. Não creio que em algum momento cineastas como Sganzerla serão cultuados por um público que vá além da cinefilia. Não creio que ele mesmo, como sua proposta de “cinema de invenção”, teria outro propósito.
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