'Governos estão fazendo coisas secretamente e público deve saber', diz diretora de documentário sobre Snowden
A esta altura do campeonato, quem não sabe quem é Edward Snowden? Sua denúncia do sistema de espionagem em massa utilizado pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos contra governos, empresas e até mesmo seus próprios cidadãos passou para a história como a maior infiltração já publicada de um trabalhador do serviço de inteligência. E se temos de agradecer a mais alguém além de Snowden, é a Laura Poitras, documentarista norte-americana estabelecida em Berlim, escolhida pelo próprio para tornar sua história pública, "independentemente do que lhe acontecesse". Ela, também arriscando sua vida, aceitou.
Durante mais de cinco meses os dois mantiveram contato criptografado até que, em junho de 2013, decidiram se encontrar em um quarto de hotel em Hong Kong, em que estavam presentes também os jornalistas Glenn Greenwald e Ewan MacAskill. Ali, durante oito dias de tensão, Poitras se colocou atrás da câmera, dispondo-se a filmar um documentário quase tão revelador quanto as informações que estavam prestes a ser reveladas: tratam-se dos bastidores dos preparativos para a publicação da bomba jornalística que finalmente levaria Snowden ao exílio em Moscou, onde vive temporariamente em asilo político.
"Citizenfour" estreou em outubro de 2014 em Nova York e desde então tem girado o mundo e recolhido prêmios em festivais de cinema. Na entrevista a seguir, Poitras fala sobre a aproximação entre ela e Snowden e a gravação do documentário. Longe de reconstruir ou recriar uma suposta realidade, "Citizenfour" é o registro de um pedaço da história do século 21 que marcou um antes e um depois na credibilidade dos EUA como potência política internacional.
Para ler a entrevista de Laura Poitras cliquea aqui
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