ANGOLA: Adriano Mixinge, um novo moralista?
Adriano Mixinge é conhecido pelos amadores de arte por ter iniciado, em 2008, no museu do Quai Branly, em Paris, o projeto Angola, mon amour e a seguir, três anos mais tarde, a exposição Angola, figures du pouvoir que deu origem à publicação do livro com o mesmo título editado pela editora do Museu Dapper. Em 2009, publica reflexões sobre a arte contemporânea do seu país de origem que intitulara Made in Angola: arte contemporânea, artistas e débates (éd. L’Harmattan). No ano passado, publicou o texto literário O Ocaso dos Pirilampos.1O subtítulo da obra O Ocaso dos Pirilampos, informa, logo na capa, tratar-se de um romance. Curiosa designação para um texto que quebra de forma feliz as regras, ou melhor, as convenções geralmente admitidas pelo género: nenhuma persongem e, portanto, nenhum protagonista, nenhuma intriga com uma lógica que o autor desmontaria, nenhuma análise psicossociológica a justificar a narração de uma «história» ou a criação de uma ficção.
Não há, por isso, que esperar por um conjunto de descrições entrecortadas por diálogos ou monólogos cuja função é circunscrever um pedaço de real perfeitamente definido no espaço e no tempo. A obra de Mixinge apresenta-se como estilhaçada visto que transgride as normas do romance de tipo realista e naturalista.
Para
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