sábado, 31 de janeiro de 2015

Geografia e Estratégia

Na charge do início do século XX, Tio Sam, baseado na Doutrina Monroe, afasta europeus da construção do Canal do Panamá. Construção de nova passagem interoceânica na Nicarágua, pela China, mostra como transformou-se geopolítica da região

A geografia teve um papel decisivo na formação e no desenvolvimento político e econômico da América do Sul. Por um lado, ela permitiu e estimulou a formação de uma região geopolítica e geoeconômica plana, homogênea, de alta fertilidade e de crescimento econômico quase contínuo na Bacia do Prata; mas, ao mesmo tempo, ela impediu que os países e a economia do Prata – incluindo o Brasil – se expandissem na direção da Amazônia, do Caribe e do Pacífico.
No caso do Brasil, em particular, a topografia do seu território atrasou a sua própria interiorização demográfica e econômica, e enviesou os seus processos de urbanização, crescimento e internacionalização, na direção do Atlântico. A Floresta Amazônica, com suas planícies tropicais de baixa fertilidade e alto custo de exploração, dificultou a sua própria ocupação, e bloqueou o caminho do Brasil na direção da Venezuela, Guiana, Suriname, e Mar do Caribe. O Pantanal e o Chaco boliviano, com suas montanhas e florestas tropicais limitaram a presença do Brasil nos territórios entre a Guiana e a Bolívia; e a Cordilheira dos Andes, com seus 8 mil km de extensão e 6.900 metros de altitude, obstruiu o acesso do Brasil ao Chile e ao Peru, e, o que é ainda mais importante, ao Oceano Pacífico com todas as suas conexões asiáticas.
Para ler o texto completo de José Luís Fiori clique aqui

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