SEBASTIEN FAURE: As doze provas da inexistência de Deus
“A existência em Deus implica necessariamente a escravidão de
tudo abaixo dele. Assim se Deus existisse, só haveria um meio de servir a
liberdade humana: seria o de deixar de existir.”
Mikhail Bakunin
Há duas maneiras de estudar e procurar resolver o problema da
existência de Deus.
A primeiro consiste em eliminar a hipótese Deus do campo das
conjecturas plausíveis ou necessárias, por meio de uma explicação clara e
precisa, isto é, por meio de uma exposição de um sistema positivo do Universo,
das suas origens, dos seus desenvolvimentos sucessivos, dos seus fins. Esta
exposição inutilizaria a ideia de Deus e destruiria antecipadamente a base
metafísica em que se apoiam os teólogos e os filósofos espiritualistas.
Dado, porém, o estado atual dos conhecimentos humanos, em tudo o
que tem sido demonstrado ou passa a demonstrar-se, verificado ou verificável,
somos forçados a concluir que nos falta esta exposição e que não existe um
sistema positivo do Cosmos. Existem, é certo, várias hipóteses engenhosas que
não se chocam com o razão; sistemas mais ou menos aceitáveis que se apoiam numa
série de investigações, que se baseiam na multiplicidade de observações
contínuas e que dão um caráter de probabilidade impressionante. Também se pode
afirmar, sem receio de ser desmentido, que esses sistemas, essas hipóteses,
suportam vantajosamente as asserções deístas. Mas a falar a verdade, não há,
sobre este posto, senão teses que não possuem ainda o valor da exatidão cientifica;
— cada um, no fim das contas, tem a liberdade de preferir tal ou qual sistema a
um outro que lhes é oposto; e a solução do problema assim apresentado
afigura-nos, pelo menos na atualidade, cheio de reservas.
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