quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Racismo do corpo perfeito


Na semana retrasada, o portal R7 pediu desculpas à repórter Fernanda Gentil, da Globo, após publicar conteúdo pejorativo sobre seu corpo. A nota dizia que a jornalista virou “a queridinha na época da Copa” e que “um fator que ajudou muito foi sua aparência”. “A jornalista é loura e teoricamente tem um corpão. Teoricamente. Na terça-feira (20/1), Fernanda tirou o biquíni do armário e curtiu uma praia no Rio de Janeiro. A forma física dela é bem diferente do que imaginávamos”, dizia o texto.
O conteúdo virou alvo de críticas nas redes sociais e foi retirado do ar. A jornalista aceitou o pedido de desculpas e, no embalo, revelou que está grávida de dois meses. De maneira sutil, também criticou o portal por preocupar-se com conteúdos desse porte no momento em que “deveríamos estar agindo para que Ricardos e Larissas não voltem a nos deixar tão precocemente” (referia-se ao surfista Ricardo dos Santos, morto por um policial em Santa Catarina, e à menina de quatro anos vítima de bala perdida no Rio).
Fernanda Gentil foi vítima de racismo. Do mesmo racismo insano que ainda separa brancos e negros. Só que renovado: a divisão atual é entre sarados e gordinhos.
Para ler o texto completo de Jeferson Bertolini clique aqui

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