O que está acontecendo conosco?
Para responder à proposta de amigos brasileiros de escrever sobre o que está acontecendo na França após o trágico início de 2015, gostaria, antes de responder sucintamente, de fazer algumas observações.
A primeira é que, embora eu seja um psicanalista, não é enquanto tal que faço essa reflexão, pela razão fundamental de que a psicanálise não é uma profissão ou é, como Freud observou diversas vezes, uma profissão impossível. Ser ou tentar ser psicanalista consiste em ocupar uma posição que permite escutar o sofrimento de uma pessoa, de alguém com problemas consigo mesmo, e tentar ajudá-la a resolver essas dificuldades. Portanto, pretender falar de uma situação política e social, aquela vivida pela França hoje ou por qualquer outro país, na condição de um analista que se utiliza das ferramentas teóricas que Freud e Lacan nos deixaram, consiste em incorrer neste engano que é geralmente chamado de “psicanálise aplicada”. A psicanálise só se aplica, como nos lembrou Lacan, a sujeitos aos quais nos dedicamos a escutar.
A primeira é que, embora eu seja um psicanalista, não é enquanto tal que faço essa reflexão, pela razão fundamental de que a psicanálise não é uma profissão ou é, como Freud observou diversas vezes, uma profissão impossível. Ser ou tentar ser psicanalista consiste em ocupar uma posição que permite escutar o sofrimento de uma pessoa, de alguém com problemas consigo mesmo, e tentar ajudá-la a resolver essas dificuldades. Portanto, pretender falar de uma situação política e social, aquela vivida pela França hoje ou por qualquer outro país, na condição de um analista que se utiliza das ferramentas teóricas que Freud e Lacan nos deixaram, consiste em incorrer neste engano que é geralmente chamado de “psicanálise aplicada”. A psicanálise só se aplica, como nos lembrou Lacan, a sujeitos aos quais nos dedicamos a escutar.
Para ler o texto completo de Michel Plon clique aqui
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