Símbolo do vegetarianismo, Índia vê consumo de carne aumentar 70% na última década
“Somos não-vegs”. É assim que Vishal Jain descreve a si mesmo e seu irmão Ankit. “Não-veg”, abreviação de não-vegetariano, é uma contribuição da Índia para a sociologia e cultura da alimentação, um termo guarda-chuva que significa que somos consumidores de algum tipo de carne. Declarar que uma pessoa é não-veg é uma distinção necessária numa terra lendariamente vegetariana e conhecida pelo mais famoso praticante da dieta, Mahatma Gandhi.
A declaração de Vishal aponta para a diminuição da característica e do número daqueles que seguem uma dieta livre de carne no país. Os irmãos pertencem a uma comunidade religiosa estritamente vegetariana. Vishal, 28 anos, técnico de software em Hyderabad, diz que começou a comer carne com o advento do hambúrguer de frango, cortesia de uma rede de fast-food norte-americana. "Trabalhava até tarde e era uma comida conveniente. Mas também era saborosa, diferente de tudo que já tinha comido."
Num país onde a comida e os hábitos alimentares são dirigidos por regras complexas baseadas na religião, casta e região, velhos costumes têm aberto espaço para novas práticas. Os paladares mudaram e o que era considerado inferior por alguns carnívoros no passado é a moda gastronômica de hoje. K Dasgupta, um comunicador de Déli, relembra as mudanças no perfil e na sociologia dos comedores de carne. "Lá em casa, por exemplo, até meados dos anos 1990 uma semana típica tinha três a quatro dias de peixe e carneiro aos domingos. Mal comíamos frango, que era considerado comida de pessoas inferiores."
Para ler o texto completo de Latha Jishnu clique aqui
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