Um gesto humilde de Gilberto Freyre
Em meados dos anos 30, Gilberto Freyre tinha posições avançadas de esquerda. De esquerda, mas não socialista ou comunista. Nesse período, escreveu dois livros fundamentais da cultura brasileira: Casa-Grande & Senzala (1933) e Sobrados & Mocambos (1936), ambos de forte conteúdo de denúncia social, sobretudo o segundo, e, quase como um “intelectual orgânico” gramsciano, passou para a ação, envolvendo-se com sindicatos de trabalhadores do Recife. Em sua ficha do Dops, em 1935, constava ser “agitador, organizador da Frente Única Sindical, orientadora das greves preparatórias do movimento comunista”. O resto todos sabem: foi deputado constituinte em 1946, quando criou o Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, de que se tornaria mentor por toda a vida, e foi endireitando, endireitando, até apoiar o golpe militar de 1964, tornando-se conservador e direitista assumido. Apoiava até a ditadura salazarista em Portugal.
Mas esta nota não tratará de sua obra de escritor e sociólogo e sim de um surpreendente gesto pessoal.
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