sábado, 21 de fevereiro de 2015

Projeto estimula protagonismo de crianças negras através da identificação com cultura afro-brasileira


No morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, a psicóloga Vanessa Andrade ouvia com frequência: “ai tia, que cabelo feio”, “tia bruxa”. Essa era a reação dos pequenos quando ela passava pelas ruas com seu cabelo afro. Segundo Andrade, isso ocorria porque essas crianças estavam desacostumadas a enxergar a beleza presente no jeito negro de ser. “Isso me doía muito, mas ao mesmo tempo me convocava para uma missão maior de tentar mudar o pensamento dessas crianças”, conta a psicóloga e coordenadora do projeto Afrobetizar.
As escolas brasileiras são monocromáticas nos livros e nas histórias. Nossa educação não possibilita que alunos negros encontrem seu caminho e conheçam a cultura africana, presente de forma intensa no Brasil. Com a finalidade de mostrar que outra pedagogia é possível, Andrade iniciou um trabalho de transformação social no Cantagalo.
“O Afrobetizar surgiu da necessidade de trabalhar uma pedagogia diferente, que fizesse com que as crianças descobrissem o próprio corpo através do reconhecimento da beleza de ser negro”, diz a psicóloga. Segundo ela, o projeto, que coloca professores negros que cursaram ou estão na universidade e que estão fazendo a diferença na sociedade, tem como intuito trabalhar o protagonismo negro e inverter o processo histórico que sempre colocou o negro como ser inferior em relação ao branco.
Para ler o texto completo de Vanessa Cancian clique aqui

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