A primeira grande batalha da Grécia
Precisamente no instante em que este texto for ao ar – às 12h de sexta-feira, 20/2 – começará em Bruxelas a primeira grande batalha entre o novo governo grego e os 19 ministros das Finanças da zona do euro, aflitos por enquadrá-lo. Será um encontro de algumas horas e enormes implicações globais. Desde 2009, a União Europeia é o território em que a aristocracia financeira – o 1% ou 0,1% de super-ricos do planeta – foi capaz de impor melhor sua resposta à crise econômica aberta um ano antes.
A rebeldia grega, aberta em 25/1, num pleito em que a população rechaçou este programa, ameaça muito mais que a renovação de um empréstimo, que vencerá em 28/2. Ela pode se espalhar tanto pela Europa (onde cresce a oposição ao corte de direitos sociais e à submissão das sociedades a ordens tecnocráticas), quanto por outras partes do mundo (uma eventual vitória grega será bastante incômoda ao ministro Joaquim Levy e à mídia que o apoia). Por isso, ambos os lados apostam muito alto e há risco tanto de crise bancária grave, na Grécia, quanto de um giro geopolítico profundo de Atenas, num momento em que as potências do “Ocidente” já se deparam com múltiplos focos de instabilidade.
Para ler o texto completo de Antonio Martins clique aqui
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