Na Índia, a revolta dos jovens operários
Sexto maior produtor mundial, com 2 milhões de veículos fabricados em 2013 (1), a Índia espera alcançar o quarto lugar em 2016. A reforma trabalhista apresentada em outubro de 2014 pelo novo primeiro-ministro, Narendra Modi, pretende incentivar a volta do crescimento que o setor conheceu nos anos 2000 (uma média de 8% ao ano). Ele impõe a redução das inspeções trabalhistas, a “simplificação” de algumas leis, o prolongamento do período de aprendizagem, sempre ampliando o uso sistemático de uma mão de obra precária e mal paga (2). Essas medidas são, em parte, destinadas a atrair investidores estrangeiros, num momento em que a campanha governamental “Made in India” segue a todo vapor. E trazem o risco de agravar a precarização há muitos anos em curso na indústria, a qual provocou a emergência, entre a juventude trabalhadora, de práticas e aspirações novas. O conflito que abalou a montadora de automóveis Maruti-Suzuki em 2011 e 2012, onde a mobilização continuou, apesar da dura repressão, é o melhor exemplo.
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