'CHARLIE HEBDO': Cartunistas avaliam impacto da tragédia
Assim que soube dos ataques à sede do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, o desenhista francês Julien Couty largou o lápis. Naquele 7 de janeiro, 12 pessoas foram brutalmente assassinadas, incluindo oito colegas de profissão seus, por causa das caricaturas de Maomé e piadas com o Islã veiculadas na publicação. O pior atentado terrorista ocorrido na França em 50 anos envolvia diretamente a atividade de Couty, o desenho. Abalado, ele demorou algum tempo para voltar a trabalhar. “Senti uma tristeza profunda, mas não foi o medo e sim o choque que me impediu de trabalhar”, lembra Couty, cartunista da Télérama, tradicional revista de cultura francesa. “Eram muitas emoções juntas e o assunto em loop na mídia oferecia poucas possibilidades de pensar em outra coisa. Vemos mortos todos os dias nos jornais, e tentamos colocar um pouco de distância, porque senão é insuportável. Mas agora não há distância, tudo se tornou mais ‘real’ porque aconteceu aqui.”
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