Nazismo, corrupção e extremismo: Oscar concentra debate político em filmes estrangeiros
Guerra da Geórgia com a Abecásia, 1992. Um imigrante que se estabeleceu naquela terra há algum tempo lastima o prejuízo pessoal: “É uma guerra contra as minhas tangerinas”, diz o homem que sobrevive graças ao cultivo e à venda das frutas. Esta cena, presente no filme estoniano Tangerines, de Zaza Urushadze, é um retrato preciso de um tema que permeia não só este, mas os cinco indicados ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira — o impacto, em maior ou menor grau, que o macrocosmo da política exerce sobre o microcosmo das vidas de diferentes indivíduos.
Na premiação que acontece neste domingo (22/02), em Los Angeles, também estão na disputa desta categoria filmes da Mauritânia (Timbuktu, de Abderrahmane Sissako), Rússia (Leviatã, de Andrey Zvyagintsev), Polônia (Ida, de Pawel Pawlikowski) e Argentina (Relatos Selvagens, de Damián Szifrón). São trabalhos bem diferentes entre si, mas que carregam um peso político muito maior, por exemplo, do que os indicados à categoria de Melhor Filme, principalmente se levarmos em conta apenas os favoritos Boyhood – Da Infância à Juventude, de Richard Linklater, e Birdman (ou a Inesperada Virtude da Ignorância), de Alejandro González Iñárritu.
Para ler o texto completo de Adriano Garrett clique aqui
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