A obra inicial de Hannah Arendt
Hannah Arendt (1906-1975) denominou sua época histórica de tempos sombrios.(1) Com esse termo, alude não só ao horror suscitado pelas catástrofes políticas da primeira metade do século XX, mas também às experiências de “ruptura da tradição” e de restrição do espaço público.
Os tempos modernos, caracterizados pela negação de tudo que é dado, transformou o mundo a tal ponto que produziu um esfacelamento da tradição. A perda da confiança inquestionada na tradição, a lacuna entre o passado e o futuro tornaram-se realidade tangível, fatos políticos. Assim, para Hannah Arendt, a modernidade rompeu com uma das condições da coexistência política: a memória organizada, transmitida pela tradição(2)
Foi somente com a emergência do totalitarismo no século XX, no entanto, que essa quebra tornou-se irreparável, pois aí se extinguiu a luz que, no mundo público, tornava visível a vida em comum, articulada em torno das palavras e das ações humanas. Antes disso, porém, subverteu-se o sentido greco-romano de espaço público com a gestação de uma inédita possibilidade de afastamento da vida pública. Desde então se tornou lícito que os homens se retirassem para a esfera privada cuidando apenas de interesses econômicos ou da esfera do pensamento.
Os tempos modernos, caracterizados pela negação de tudo que é dado, transformou o mundo a tal ponto que produziu um esfacelamento da tradição. A perda da confiança inquestionada na tradição, a lacuna entre o passado e o futuro tornaram-se realidade tangível, fatos políticos. Assim, para Hannah Arendt, a modernidade rompeu com uma das condições da coexistência política: a memória organizada, transmitida pela tradição(2)
Foi somente com a emergência do totalitarismo no século XX, no entanto, que essa quebra tornou-se irreparável, pois aí se extinguiu a luz que, no mundo público, tornava visível a vida em comum, articulada em torno das palavras e das ações humanas. Antes disso, porém, subverteu-se o sentido greco-romano de espaço público com a gestação de uma inédita possibilidade de afastamento da vida pública. Desde então se tornou lícito que os homens se retirassem para a esfera privada cuidando apenas de interesses econômicos ou da esfera do pensamento.
Para ler o texto completo de Ricardo Musse clique aqui
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